Resenha - "Se eu ficar", GAYLE FORMAN

22 de novembro de 2014




Quando eu soube que o novo filme que iria sair era baseado em um livro chamado “Se eu ficar” – que recebeu muitos elogios –, decidi comprar para ler antes de assistir o filme nos cinemas. Comprei o livro um pouquinho antes do filme estrear nos cinemas e li rapidamente – é um livro de 193 páginas lançado pela editora Novo Conceito com uma parte do segundo livro (Para onde ela foi) e entrevistas que a própria Gayle Forman faz com os atores que interpretam Mia e Adam nos cinemas.





“A última coisa de que Mia se lembra é a música.
Depois do acidente, ela ainda consegue ouvir a música. Ela vê seu corpo sendo tirado dos destroços do carro de seus pais – mas não sente nada.
Tudo o que ela pode fazer é assistir ao esforço dos médicos para salvar sua vida, enquanto seus amigos e parentes aguardam na sala de espera... e o seu amor luta para ficar perto dela.
Pelas próximas 24 horas, Mia precisa compreender o que aconteceu antes do acidente – e também o que aconteceu depois. Ela sabe que precisa fazer a escolha mais difícil de todas.”

Vale lembrar que o livro é dividido em partes: os flashbacks e o presente, no hospital.

O livro foca na vida de Mia Hall, uma musicista que toca muito bem violoncelo e que sonha em ir para Juilliard estudar música. Mia é doce, gentil, nerd e uma pessoa fácil de se conviver. Ela tem uma família diferente – composta por dois pais punks que tiveram que largar uma antiga vida para se dedicar à nova vida cuidando dos filhos. Kat e Denny, os pais de Mia, são engraçados e divertidos e fazem parte de  algumas das cenas mais divertidas do livro. Apesar disso, são carinhosos e amorosos, totalmente dedicados aos dois filhos, Mia e Teddy. A relação de Mia com os pais é boa, embora ela se sinta deslocada por gostar de música clássica enquanto os pais – e até seu irmão – são puro rock ‘n’ roll. E a relação de Mia com seu irmão, Teddy, é muito bonita e emocionante. E foi por gostar – e me apegar – tanto da família da Mia que esse livro valeu a pena.

Logo nas primeiras páginas do livro, o que esperávamos, acontece. O acidente. A família sai para um passeio em juntos e tudo acontece. Enquanto a ambulância chega, Mia observa tudo fora de seu corpo. E, aos poucos, Mia nos mostra como era a sua vida antes do acidente – a vida em família, momentos com seu namorado Adam, momentos com a melhor amiga Kim, momentos com o violoncelo, momentos que são importantes para ela.

Ela se vê entubada e cheia de fios no hospital, vê os amigos, a família, sua melhor amiga e até seu namorado no hospital, de uma perspectiva bem diferente do que estava acostumada, até porque ninguém pode vê-la ou escutá-la. Mia precisa fazer uma grande decisão e descobrir em qual lado irá ficar, pois a decisão é só dela, como a enfermeira mesmo disse a ela no livro.

- Você acha que cabe aos médicos, aos medicamentos e as máquinas, mas se você fica ou se você vai, a decisão é sua. 

O livro não é só drama. Mia compartilha conosco momentos divertidos e emocionantes que viveu durante toda a vida – desde a infância até a adolescência. E são nesses momentos que nos sentimos na obrigação de acompanhar a história de Mia porque nos apegamos aos personagens e às histórias que cada um deles transmitem. Claro que também há emoção: quando Mia fala sobre as perdas do acidente e sobre a difícil situação que está. Enquanto todos esperam por sua melhoria, ela precisa decidir se irá abandonar tudo o que teria de viver e não se permitir conviver com a perda ou continuar e viver sem pessoas que ela nunca imaginou que viveria sem.

A história é rápida e prática, bem fácil de se ler e confesso que houve um momento que não consegui parar de ler, louca para chegar ao final e descobrir o que iria acontecer. Além da relação de Mia com a família, também é abordado o romance de Mia com Adam, seu namorado roqueiro. Adam e Mia são diferentes e, provavelmente, tinham tudo para dar errado, mas Gayle Forman conseguiu com que acreditássemos no que havia entre eles e no que ambos sentiam um pelo outro. Adam foi de extrema importância no livro e estava sempre disposto a tentar fazer com que Mia ficasse. A relação de cumplicidade de Mia e Kim também é bastante bonita.

- (...) Mas a Mia que está aqui, nesta noite, é a mesma por quem me apaixonei ontem e a mesma que vou amar amanhã. Amo esse seu jeito frágil e ao mesmo tempo durão, resguardado e ao mesmo tempo despojado. Cara, você é a garota mais punk que já conheci, não importa quais bandas você ouve nem o que você veste.

O segundo livro se chama Para onde ela foi (que parece ter a mesma carga de emoção que o primeiro), e irei resenhá-lo em breve.



Dica: Assistam o filme. A adaptação é fantástica e eu gostei muito dos atores que foram escolhidos para fazer o filme. Resumindo: começamos o filme gargalhando com a família de Mia e terminamos o filme aos prantos. 

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