RESENHA: O Lado bom da Vida

Sinopse: Pat Peoples, um ex-professor na casa dos 30 anos, acaba de sair de uma instituição psiquiátrica. Convencido de que passou apenas alguns meses naquele “lugar ruim”, Pat não se lembra do que o fez ir para lá. O que sabe é que Nikki, sua esposa, quis que ficassem um "tempo separados". Tentando recompor o quebra-cabeças de sua memória, agora repleta de lapsos, ele ainda precisa enfrentar uma realidade que não parece muito promissora. Com seu pai se recusando a falar com ele, a esposa negando-se a revê-lo e os amigos evitando comentar o que aconteceu antes da internação, Pat, agora viciado em exercícios físicos, está determinado a reorganizar as coisas e reconquistar sua mulher, porque acredita em finais felizes e no lado bom da vida. 

O livro começa quando Pat sai de uma instituição de reabilitação o “lugar ruim” como ele costuma chamar durante todo o livro. Ele volta pra casa na companhia de sua mãe e a partir daí várias coisas começam e mudar na sua vida. Bom, quando comecei a ler fiquei tipo “an? Como assim véi” eu definitivamente não estava me entendendo com o livro, mas depois as coisas começaram a se esclarecer. O livro é narrado por ele mesmo e ao mesmo tempo que ele está falando algo, ele já descreve uma lembrança que tem e já volta para o pensamento anterior. Achei confuso a princípio, mas depois entendi a proposta da narrativa, pois dá pra perceber bem uma parte e outra, é como se fosse o que acontece com nós mesmos, ao mesmo tempo que estamos fazendo uma coisa, estamos pensando em outra. O livro mostra isso claramente.

Pat é uma pessoa otimista, um personagem que a medida que você lê o livro, você o conhece mais. Confesso que ele me irritou um pouco, com sua insistência naquilo que nem existia mais, sua ingenuidade infinita em acreditar no lado bom de tudo, mas a medida que os fatos acontecem você realmente entende como ele se sente. Além de sempre ver o lado bom das coisas ele é divertido e apaixonante. Acreditava que sua vida era um filme e que ele estava em busca do final feliz que seria a busca do “fim do tempo separados”.

“Não quero ficar no lugar ruim, em que ninguém acredita no lado bom das coisas, no amor ou em finais felizes, e onde todo mundo me diz que Nikki não vai gostar de meu novo corpo, nem vai querer me ver quando acabar o tempo separados. Mas também tenho medo de que as pessoas de minha antiga vida não sejam tão entusiásticas quanto estou tentando ser agora.”

Sua família é uma família de torcedores fanáticos dos Eagles e seu pai tem um temperamento muito forte, que as vezes me deixava com raiva. Também tem a Tiffanny que é uma mulher manipuladora mas que no fundo, só quer ajudar Pat e tem um bom coração. Ela é aquele tipo que quer ajudar mas só consegue piorar as coisas, mas é um personagem divertido. A história é tão envolvente que li esse livro mais rápido que um piscar de olhos, o modo como Matthew escreve é fascinante, afinal como é narrado por Pat e ele tem deficiência mental, ele conseguiu passar exatamente o que queria, pelo menos eu senti isso.

Fiquei muito cativada com o livro de uma maneira geral, recomendo com certeza. Se você ler, você vai mergulhar de cabeça na história e vai sempre querer saber o que vai acontecer e ficar ansiosa pra Pat encontrar logo o final feliz do filme de sua vida. Bom, resenhar esse livro não foi lá uma das coisas mais fáceis que já fiz, mas foi desafiador e eu adoro desafios. Consegui colocar em “poucas” palavras tudo que eu senti ao viajar na história do livro.



Então é isso, até a próxima e beijos!